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GT3. Juvenilização da EJA

Coordenação:

Juliana Andrade Rocha (UFU)

Tânia Rezende Silvestre Cunha (Uemg/Ituiutaba)

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E O PROCESSO DE JUVENILIZAÇÃO

 

 

A constituição da República Federativa do Brasil de 1988 assegura o direito à educação para todos, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade apropriada, sem distinção de raça, cor, gênero ou idade. Dessa forma, a Educação de Jovens e Adultos insere-se na perspectiva do direito e constitui-se em uma exigência da atual sociedade que cada dia torna-se mais excludente. Durante muito tempo, a educação de adultos deu-se através de campanhas com o objetivo de alfabetizar aqueles que não tiveram acesso à educação na idade regular. Porém, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB 9394/96, no seu título V, definiu os níveis e modalidades de educação e ensino no sistema escolar, incluindo a Educação de Jovens e Adultos que ganhou status de modalidade. Houve ainda a redução da idade mínima para o acesso a essa forma de certificação, de 18 anos para 15, no Ensino Fundamental, e de 21 para 18, no Ensino Médio. De acordo com DOLLA e COSSETIN (2013), a LDB de 1996, ampliou o espaço nas instâncias normativas estaduais para a progressiva identificação do Ensino Supletivo com mecanismos de aceleração do Ensino Regular. Assim, nos últimos anos, a EJA vem sofrendo um processo de juvenilização, visto que os programas de EJA passam a expandir o atendimento, que antes era destinado a adultos e idosos e passa a atender a jovens. Esse fato tem configurado-se também como um desafio para uma nova forma de trabalho na EJA, visto que para o professor se torna um pouco mais complexo, sendo necessário se pensar em novas formas de atuação metodológicas e de conteúdos com base nas necessidades formativas.

 

Palavras-chave: Juvenilização; Educação; EJA.

PROPOSTAS GT 3      

O Grupo de Trabalho 3- Juvenilização da EJA, coordenado por Juliana Andrade Rocha e Tânia Rezende Silvestre Cunha e participação especial de Natalino Neves da Silva (ICHL/Unifal) , apresenta as seguintes propostas:

Proposta 1- Programas de formação continuada para professores da EJA, com ênfase na juvenilização, para que os professores tenham condições de adequar sua prática a esse novo público e suas especificidades.

               Estratégia: Cursos de formação continuada.

               Quem faz: Centros Municipais de Formação de Professores e  universidades  por meio                de cursos na modalidade EAD e extensão.

               Como: Desenvolver material pedagógico adequado para o público-alvo.

               Quando: O processo deverá ser contínuo.

               Recurso para fazer: Deverão ser utilizados recursos do FUNDEB.

               Onde faz: Espaços formativos diferenciados.

Proposta 2- Para o rejuvenescimento da juventude negra na EJA., com ênfase na valorização da cultura afro-brasileira de acordo com a Lei 10.639/2003 e o combate do genocídio da juventude negra.

               Estratégia: Trabalhar com as perspectivas de educação escolar e não escolar e da                educação social.

               Quem faz: Educadores sociais,  escolas, universidades, associações comunitárias,                ONG's, igrejas, centros de cultura e a sociedade civil.

               Como: Trabalhar com a colaboração e parceria dos NEABI, NEAB's e movimento social                negro.

               Quando: O processo deve ser contínuo.

               Recurso para fazer: Recursos destinados a promoção da igualdade racial.

               Onde faz: Espaços formativos diferenciados

Proposta 3- Desenvolver ações educativas voltadas para atender a realidade do público juvenil da EJA.

               Estratégia: Flexibilização no atendimento desse público ( matutino, vespertino e                noturno). Não fechamento de turmas de EJA, e oferta de mais turmas em diferentes                locais da cidade.

               Quem: Secretarias municipal e estadual de educação, universidades, associações                comunitárias, ONG's, igrejas, centros de cultura e a sociedade civil.

               Como: A partir de um diagnóstico e mapeamento do público juvenil local.

               Quando: O processo deve ser contínuo.

               Recurso para fazer: FUNDEB, recursos destinados a promoção da igualdade racial, entre     outros.

               Onde: Espaços formativos diferenciados.

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